sexta-feira, 30 de novembro de 2007

DICA do MAX GEHRINGER

Amigo leitor,

Acessando o site da REVISTA ÉPOCA encontrei estas outras questões profissionais que foram encaminhadas ao homem do RH no BRASIL - MAX GEHRINGER. São outras tantas questões que nos preocupam e ainda mais aos que estão passando por elas...
Aproveite também para enviar suas dúvidas, questões para ele(Envie suas perguntas para pergunteaomax@edglobo.com.br)

Para ler na íntegra o conteúdo acesso o link da revista...ok?

Artigo do Autor:

Palavra da semana: DILEMA. Dilema parece ser algo ruim, mas é bom. Muito bom. Em grego, lemma era "premissa". E di era "duas". Um dilema são duas premissas de igual peso, que tornam qualquer escolha complicada. Mas isso ainda é infinitamente melhor que a falta de premissas. . .

Entrei num processo de seleção para boy, em uma grande empresa. Não fiz faculdade, e levei um susto quando descobri que a maioria dos outros candidatos tinha curso superior. Estou ficando louco, ou agora é preciso estudar Engenharia para ser boy? Fabiano, 22 anos Fiz um teste para uma grande empresa. Levei um susto quando descobri que a maioria dos candidatos tinha curso superior.

Claro que não, Fabiano. Mas você deu um exemplo perfeito do que é o mercado de trabalho, atualmente. Seus concorrentes simplesmente perceberam que, sendo superqualificados para a função de boy, seria mais fácil conseguir o emprego. Em vez de disputar uma vaga de assistente, ou de trainee, com centenas de candidatos bem preparados, eles optaram por começar em um degrau mais baixo, no qual haveria menos competição. Não é uma humilhação, é uma estratégia de carreira. Hoje, há muitos presidentes de empresa que se orgulham de dizer que começaram na empresa como boy.

Participei de uma dinâmica de grupo. As perguntas foram, na maioria, sobre a própria empresa. Como fui avisada na véspera, não tive oportunidade de me inteirar sobre fatos e números. As empresas não deveriam permitir que os candidatos se preparassem melhor?
Cecília

- Imagino, Cecília, que você tenha dormido na noite anterior à dinâmica. E, enquanto você dormia, outros candidatos estavam acessando o site da empresa, decorando informações e anotando dados. E, provavelmente, foram os que se saíram melhor, apesar das eventuais olheiras da noite maldormida. A dinâmica apenas refletiu o que é a rotina de uma empresa: nunca há tempo suficiente para uma preparação perfeita. As coisas acontecem de repente. Quem reage mais rápido leva vantagem. Em seu caso, vale a lição para uma próxima entrevista. Não durma.

Tenho 51 anos e fui demitido há oito meses. Já me cadastrei em todos os sites de emprego, mas não recebi um único contato até agora. Minha idade já me excluiu do mercado de trabalho? Guilherme

- O cadastramento em sites dá um retorno baixíssimo, Guilherme. Pior ainda, muitos golpistas acessam esses sites e ligam oferecendo um emprego "praticamente certo", mediante o pagamento antecipado de uma taxa. Portanto, cuidado, porque você é um alvo perfeito para esses golpes. Eu lhe diria que você só vai conseguir um emprego por indicação direta. Reative seu círculo de relacionamentos. Aos 51 anos, você já conheceu milhares de profissionais. A maioria vai ignorar seu contato, mas um par deles poderá ajudá-lo. Para chegar a esses poucos, você terá de passar por todos. Será um exercício de paciência, mas essa é sua melhor opção. Possivelmente, a única.

Não gosto do que faço. Mas não estudei para fazer o que gosto. Tenho 34 anos. Dá para recomeçar tudo do zero? Leila, advogada

-Dá, Leila. Mas é pouco recomendável. Em um futuro processo de seleção, você enfrentaria a concorrência de pessoas que se prepararam para a área da qual você gosta. Pessoas que têm formação e experiência. A lógica diz que as empresas dariam preferência a essas pessoas. Sua alternativa é a transferência interna. Se você está em um escritório de advocacia, tente mudar - ainda como advogada - para uma empresa que mais tarde possa lhe oferecer a chance de se transferir para outro setor. Mas não declare isso nas entrevistas.

MAX GEHRINGER é comentarista corporativo e autor de sete livrossobre o mundo empresarial e escreve semanalmente em ÉPOCA.

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