segunda-feira, 25 de junho de 2007

RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO




Há diversas obras no mercado editorial que tratam de temas que se relacionam com a maneira como atuamos no ambiente organizacional, pois estes comportamentos irão contribuir para que seja gerado um clima de insatisfação ou satisfação entre diversos colegas que atuam no ambiente de trabalho.

Estes comportamentos individuais são verdadeiras barreiras que nos impedem de realizarmos em plenitude as tarefas pelas quais somos responsáveis e, ainda nem sempre nos permitem corresponder de modo satisfatório aos objetivos daquela área para o qual fomos contratados.

No âmbito dos processos psicológicos vale ressaltar que estes comportamentos, por exemplo, de agressão, indiferença, insatisfação, ambição pelos cargos, podem ter sua causa base no processo de relacionamento entre pais e filhos, posto que algumas regras que determinariam limites naquela época não foram bem estabelecidas e entendidas por estes que hoje são os profissionais atuando no mercado de trabalho. Assim, de modo geral estes adultos não conseguem administrar no ambiente profissional as regras que estabelecem limites no tocante as suas atuações em diversos momentos de trabalho.

Nos dias atuais a onda de agressão contra os outros é deveras acentuado, basta ver as noticias nos jornais e revistas que circulam por meio físico e pela internet. Ainda mais grave é quando esta mesma agressão se volta contra si mesmo, sem que muitas vezes este profissional perceba estas nuances. Neste ponto quero relembrar o pensamento do grande Morandas Karamanchand Ghandi: Os cristãos dispõem de um livro de 400 paginas, que é a Bíblia, e matam-se terrivelmente uns aos outros. Eu optei apenas por 12 linhas do Evangelho de São Mateus, que são as Bem-Aventuranças, e por isso eu amo a Jesus e temo os cristãos.

Portanto, temos tantas informações no âmbito da saúde mental e médica nos dias de hoje e, ainda assim não as traduzimos para nos atenderem no nosso dia a dia, seja dentro do ambiente familiar, na escola, na universidade e por extensão no todo da organização profissional. É natural sem sombra de dúvida esta falta de correlação, pois não temos o hábito de analisarmos estes aspectos, pois, nossa visão global da vida é ver apenas o momento, o presente. Como dizem os grandes pensadores: o TER é essencial para as pessoas, e trabalhar o SER no mundo em síntese, não nos interessa muito, pois sendo levados de roldão pelas conquistas dos bens econômicos, pois para isto estimulado de forma tão intensa que não nos apercebemos quer seja por intermédio da mídia, dos amigos, pela sociedade.

O pedagogo Luiz Carlos Moreno no texto Emoção na Administração afirma que “os fins de nosso comportamento são estabelecidos por nossos desejos, nossas paixões, nossas emoções, nossos gostos – nossos sentimentos de todo tipo”. Assim, conhecer as nossas emoções e lidar com elas parece-nos ser o grande enigma, o grande mistério de todos nós.

Por que ser agressivo no dia a dia de nosso trabalho profissional? Nem sempre o sabemos, pois às vezes já nos dirigimos para lá já tão chateados, irritados, intolerantes que parece que esta conduta já é natural e nem nos importamos de sermos assim. Achamos que estamos a sós naquele local e nem sempre é assim. Do mesmo modo que temos os nossos anseios, desejos, sonhos o os demais colegas que estão ao nosso lado também os possuem.

Assim, viver bem em sociedade é importante. E aquele lugar de trabalho é uma mini-sociedade e cada um tem as suas particularidades quanto ao seu comportamento. Daí observar, analisar, entender a cada um é um outro processo de crescimento pessoal, pois ao observá-los poderemos contribuir para adequar, ajustar os nossos comportamentos, pois assim, estaremos nos autoconhecendo, treinando-nos no contato de uns para com outros e também se ajustando para trabalharmos de modo mais satisfatório.

Viver bem é essencial. Para tal temos tantos e diversos tipos de conduta pessoal que se refletem nas relações interpessoais que vale a pena lembrar de modo resumido de cada um deles:

O profissional que é o tipo tido como competitivo – é aquele que se dispõe a fazer tudo, é atento a tudo e a todos. Trabalha em busca de resultados, é ágil nos momentos difíceis. Tem por outro lado limitações para interagir com os demais. Já o tranqüilo não se dispõe a brigas, sempre procura ser agradável com todos. Na equipe/grupo em geral gostam dele. Ao agir assim pode ser engolido nos momentos de tensão, pois não se dispõem efetivamente a agir. Há ainda o que colabora, está sempre a disposição em todos os aspectos, às vezes é não é bem visto por todos. Há o que é pela organização - tudo o que faz é voltado para a empresa, às vezes é muito exigente com os demais colegas para que tenham o mesmo comportamento. Há o dito falso que é aquele que trabalha ao lado de todos, mas às vezes procura se destacar além dos demais.

Entre estes comportamentos vale lembrar aqueles que atribuímos aos outros menos a nós mesmos, mas que muitas vezes dependendo do momento, são atitudes que nós colocamos em prática sem nos apercebemos: há dias em que estamos mal-humorados, agimos como fofoqueiros, como mandões, como conquistadores, como o bonzão, e o espertão.

Perceber-se, procurar melhorar a si mesmo é um processo demorado, mas trará uma contribuição efetiva para a nossa saúde emocional e, para compreendermos aqueles que estão ao nosso lado.

Melhorando-nos poderemos inclusive viver bem o amor para conosco e para com os que estão ao nosso lado. Para ratificar este aspecto vale a pena também relembrar as pesquisas que são levadas a efeito que ratificam a importancia ou sentido de amar. De acordo com a Dra. Danah Zorah – professora de física quântica de Oxford a inteligência espiritual é viver o amor. Já os doutores David Bond e Stewart Wolf de Harvard afirmam que o amor é uma força ciclópica e é a melhor terapia na vida.

FabricioMenezes
Psicólogo

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