terça-feira, 3 de julho de 2007

Casa monstro, tema sobre o apego e situações de STRESS.



Quero sugerir a você que assista ao filme Monster House (Casa Monstro) produzido pela Columbia Pictures com direção de Gil Kenan. Nele se destacam os personagens DJ, Bocão, e Jane e como foco principal o velho Epaminondas e sua esposa Constancia. Ela – Constancia – vivia presa num circo e era muito gorda sendo alvo de gozação de todos aqueles que iam ao circo e, em especial das crianças que também jogavam tomates e, por isto ela nutria uma grande raiva.

Uma excelente produção faz rir tanto crianças como adultos. E sendo adulto também me diverti. Mas o foco principal ao final é o sentimento de posse, de carência e de apego.

Assim, vendo o sofrimento de Constancia e de Epaminondas - que era a prisão afetiva que os unia - achei o enfoque interessante, pois, o nível de stress que é desencadeado nestas questões e em outras, quais as financeiras e econômicas, desencadeiam muito sofrimento. E todos nós em níveis maiores ou não já passamos por várias situações que nos fazem sofrer e ficar retidos, presos a diversas questões.

Recentemente foi veiculada na TV uma reportagem sobre um empresário que simplesmente sumiu em um determinado dia e não mais retornou, ele, segundo a reportagem era um empresário falido, com problemas de saúde. Havia perdido quase tudo aquilo que de material que sonhou, desejou em profundidade. Diante desta e de outras situações fui em busca de meus apontamentos e livros para relembrar que o nível de stress profundo desencadeia um processo de adoecimento chegando até o nível psicológico.

Com este enfoque recordei dos Transtornos Dissociativos dentre os quais fazendo apenas uma pequena correlação com o caso acima, desde que não tenha havido uma outra situação social de extrema agressividade para que fosse desencadeado o desaparecimento do empresário, re-li sobre a Fuga Dissociativa. O individuo com este quadro “inesperadamente viaja para um local, assume uma nova identidade e sofre amnésia de sua identidade anterior”. Isto porque foi submetido a um nível de stress no ambiente social intensivo e, assim sem reservas emocionais adequadas não consegue administrar as situações e “apaga”. Este tema foi motivo há alguns de alguns filmes que tratavam destas questões.

Nesse sentido quer seja na convivência familiar – que é o caso do filme Casa Monstro – ou nos processos de colocação no mercado de trabalho, quer seja enquanto gestor, empreendedor ou simplesmente colaborador é sempre bom observar-se, perceber a quantas andam nossos níveis de ansiedades ou de stress por conta dos desejos e sonhos que todos possuímos.

Analisar com tranqüilidade as diversas situações que desencadeiam em cada um de nós medo de perder, de ser menosprezado, entre outros é essencial. A sociedade em linhas gerais sempre às voltas com as questões do TER relega em grande parte aquilo que é SER.

Em momentos de tristeza, sempre é bom poder conversar. Procurar um amigo para quando estes momentos chegarem é muito importante, pois, falar significa desabafar, não reter a emoção negativa e com isso relaxar. Quando isto não for mais possível e perceber um acentuado descontrole no trato destas questões, é sempre bom ir em busca de um profissional da área da saúde mental: psiquiatra, psicólogo, psicoterapeuta e outros credenciados.


Texto:

Fabricio S Menezes
Psicólogo
CRP 01/11.163

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