Excesso de funcionários doentes em firma leva polícia a estelionatários
Donos de gráfica foram presos por falsificar atestados médicos.
Empresa desconfiou da grande empregados com faltas por doença.
Alba Valéria Mendonça Do G1, no Rio
A suspeita de que os funcionários de uma empresa de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, estavam adoecendo muito facilmente, levou policiais da 36ª DP (Santa Cruz) a flagrar uma dupla de estelionatários, que falsificava não só atestados médicos, mas anotações e carimbos em carteiras de trabalho, além de fornecer certificados de conclusão de cursos de instituições particulares da região.
“Começamos a investigar o caso há quatro meses. Uma empresa desconfiou da quantidade de funcionários que ficava doente e resolver checar os atestados médicos com o Hospital Pedro II. O hospital não reconheceu os documentos e junto com a empresa registraram a queixa”, disse Moraes.
O delegado José Moraes, responsável pelas investigações, contou que um dos detidos é dono de uma gráfica, onde os falsos documentos eram produzidos. Na casa do outro preso, dentro de um fogão velho, foram encontrados carimbos, atestados falsos, três carteiras de trabalho – cujos donos ainda estão sendo investigados – e certificados de conclusão de vários cursos.
R$ 5 por cada dia de licença no atestado
Segundo o delegado, os estelionatários cobravam R$ 5 por cada dia de licença concedido nos atestados médicos falsos. Pelos certificados de conclusão de curso, dependendo da instituição, eles cobravam de R$ 30 a R$ 40.
“O mais estranho é que nenhum deles tem passagem pela polícia. Eles usavam a gráfica da família para falsificar os documentos”, disse Moraes que ainda investiga se há outros envolvidos no esquema.
Os presos serão encaminhados para a carceragem da Polinter.
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