terça-feira, 26 de junho de 2007

Acorde, ainda há tempo para refletir



Acorde, ainda há tempo!

O dia de hoje foi especial mais uma vez! O dia de trabalho por fim terminou. Realizei grande parte das tarefas que estavam registrados na minha agenda profissional.

Às vezes parece que a gente não vê as horas passarem na execução de nossas atividades profissionais, de outro modo, fica a impressão que executamos mecanicamente as nossas ações, nossos atos, quer sejam eles aplicados na organização aonde estamos prestando os nossos serviços, ou ainda junto às pessoas de nosso relacionamento familiar, de amizade, entre outros. E aí ficamos como que em estado letárgico, quase que dormindo ou ainda sonhando. Mas a realidade de nosso dia a dia é muito severa e, em determinadas circunstâncias, exigem de cada um de nós uma posição de firmeza. E o tempo vai passando e nada vai mudando. Aparentemente.

Analisando estes aspectos que fazem parte de nossas reflexões, lembrei que ainda há pouco ao assistir o noticiário do Jornal Nacional da rede Globo surge a chamada da imagem da dona de casa que de madrugada ao tentar ir para o hospital foi criminosamente maltratada por alguns jovens de classe média. Logo a seguir a apresentadora informa que o pai foi à delegacia e pediu desculpas a mãe e, justificou que aquelas “crianças” não poderiam ficar presas pelo fato de estudarem e trabalharem. Esta realidade é muito brutal nos dias de hoje. De repente consegui acordar um pouco. No mesmo noticiário há o caso do senhor de idade que faleceu em decorrência de um murro, pois o cidadão estava, segundo a reportagem, furando a fila.

Lembrei em seguida o texto publicado na revista VEJA edição 2012 de nº. 23 que traz a seguinte matéria: O dorminhoco polonês. Algo interessante no contexto da matéria é o fato do Senhor Jan Grzebski ter estado dormindo por mais de 18 anos, aliás, o fato foi que ele estava em estado de coma profundo. Quando acordou tudo mudou e, grande foi o seu susto ao perceber que a sociedade em que estava inserido havia mudado profundamente.

Considerando estes pontos lembrei do capítulo que trata dos tipos de Transtorno do Sono no meu velho DSM – IV 4º edição (sei que já há uma nova edição) que toca de perto a questão dos processos do dormir e seus transtornos. Mas não é este o ponto a ser efetivamente abordado. Apesar de ser psicólogo de base psicanalítica recordei de uma obra chamada Jesus na perspectiva da Psicologia Profunda de Hanna Wolff. A autora nasceu em 1910, em Essen, Alemanha.

Afirma Hanna Wolff que “Consciência auto-responsável é o contrário de infantilidade”. Faz parte da inércia ou da preguiça espiritual, herdada do velho Adão, o fato de que os homens em geral apresentam, muito raramente, uma genuína consciência espiritual (...) A infantilidade significa, ao invés, a atitude que, por fraqueza, por falta de responsabilidade ou energia revela medo ou que nega precisamente essa reação às responsabilidades cada vez maiores e mais abrangentes que adquirimos. A infantilidade deixa-se, de bom grado, ser guiada por pai e mãe, ou por pessoas que os substituam. A infantilidade está sempre a esperar tudo da vida, como outrora esperava do pai e da mãe, mas nada dá à vida.

Creio que acordei mais um pouco. Refletir sobre estas questões é muito importante para todos nós.



Texto:

Fabricio S Menezes
Psicólogo
CRP 01/11. 163

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